quinta-feira, agosto 30, 2007
terça-feira, agosto 07, 2007
Bacondog
Decidi ir com a minha filha Marta visitá-las ao Porto onde tinham montado estendal no agradável Parque da Cidade a expôr os seus muito bons trabalhos. Vale a pena passar por lá - para além delas, existem outras pessoas a vender artesanato urbano (mas, claro, o da "Bacondog" - é assim que se chamam em jeito de homenagem ao atrevido cão - distingue-se). A feira tem um blog que pode ser visto aqui. Quem quiser levar miúdos (eles gostam; e os graúdos também), existem vários workshops a fazer desde pintura, colagens, etc.
Sempre gostei do artesanato português, mas como alguém já tinha notado, dá um pouco a impressão que ele não se refinou, não seguiu em frente, por isso vale a pena passar no Parque, são coisas feitas por gente criativa e de mente aberta.
Seria uma vergonha não divulgar também o blog da Graça e da Mariana, que está estampado no fundo da figura ao lado – um mealheiro que a Marta ganhou. A visitar!
quarta-feira, junho 20, 2007
Tokyo
quinta-feira, maio 10, 2007
domingo, abril 22, 2007
Aeroporto de Frankfurt
Imagine-se uma praça onde se erguem casas à sua volta. Numa manhã de sol, um par de namorados passeia-se ainda sonolento enquanto alguns saem para ir trabalhar... Isto podia bem ser no cenário fotografado em cima (1927). Note-se a imagem imediatamente abaixo, fruto da segunda grande guerra. Não me passeei muito tempo por Frankfurt, mas o suficiente para perceber que é uma cidade que entende o que é a reconstrução. Por isso escolhi os dois postais a preto e branco, um antes e outro depois dos bombardeamentos sofridos. Mesmo a casa de Goethe, que tive o prazer de visitar (ainda que só com "guias" em alemão), é uma reconstrução - isto poderia levantar-nos a questão da sua autenticidade, uma vez que pretende ser uma cópia do lugar, ainda que no mesmo sítio. Contudo, o que se poderia fazer? Nada? Isso teria sido o pior; à imagem de um humano, essa casa mantém a identidade e reconstrói-se face a um acontecimento trágico. Lembro-me agora do termo "Ground Zero" (usado para descrever o sítio da terra mais próximo de uma explosão) vulgarizado hoje pelos acontecimentos do 9/11. Que fazer no "Ground Zero"? Por exemplo os Japoneses deixaram os restos da camâra de comercio de Hiroshima numa manifestação do tipo "We will never forget"; os Americanos substituem o WTC pela Freedom Tower, talvez uma afirmação de liberdade. E em Frankfurt, reconstruiu-se.
Desta vez, o hotel onde fiquei era no aeroporto de Frankfurt. Ainda que pareça um pouco ironico, esta cidade constitui-se como ponto de encontro através dos céus - sabemos que este aeroporto é dos maiores da Europa e um importante hub. Para terminar, tenho a dizer que gostei de passear na Römer (onde ainda se podem ver vestigios Romanos), sob um ameno sol de tarde e à noite ao sabor de uma Weissbier, ver que a traça de 1927 se mantém.
sexta-feira, março 23, 2007
quinta-feira, janeiro 18, 2007
USA II
Ora bolas! Carrego nas imagens dos clips de Laurie Anderson e apesar de ir parar ao Youtube, tudo que obtenho é a mensagem "This video is no longer available due to a copyright claim by Viacom International Inc. ". Como sabemos, a Viacom, que detém por exemplo a MTV, lançou a Google, detentora do Youtube, para as barras dos tribunais onde pede uma indemnização de $1Bn por infringir direitos de distribuição/autor. A par desta discussão, questiona-se se a internet deve ser uma rede de circulação livre ou uma teia onde deve ser dada prioridade a determinado tipo de tráfego - as implicações podem ser a passagem de uma rede "livre" a uma rede com contornos comerciais onde os diferentes serviços se pagam com valor diferente - os norte-americanos embarcaram na discussão que chamam de network neutrality. Básicamente, é a continuidade da nossa modernidade, a reconstrução dos paradigmas e também as estratégias de sobrevivência empresariais...
Mas... onde se passa isto? Pois é, nos Estados Unidos, mas com eco mundial - o planeta liga-se por uma espinha dorsal e organiza-se em rede, lugar do virtual real. O tema introdutório remete-nos onde tudo começou, Stanford, na Californa, mais precisamente Palo Alto. Stanford tem na realidade sido uma universidade "mítica" e parideira de ideias que resultam em empresas imaginativas, note-se HP, Apple, e mais recentemente, Google. Um pouco a norte, São Francisco...
Quem não se lembra de ver nessas series da TV qualquer perseguição policial pelas ruas de São Francisco e ver os carros bater o chão das ruas perpendiculares? Pelos vistos é mesmo assim - que o diga eu, dentro de um taxi depois de uma noite de karaoke no Japan Center (J-Town). Mas não é só o Japão que tem uma comunidade grande em São Francisco, a Chinatown daqui é a maior no mundo fora da China - aqui podem comprar-se vários recuerdos da cidade, "Made in China", claro...
No fundo São Francisco desenha-se como um pano matizado de raças, ideias, arquitectura e sabores, cobrindo as suas (algumas íngremes) colinas. Ao lado da cidade, a falha (a de Santo André) teima em separar a California do território americano e oferecê-la ao Pacífico.
USA I
Sou em primeiro lugar Português, e depois Europeu...
Isto poderia levantar uma implicação, ser anti-Americano, pois qualquer bom Europeu é anti-Americano, assim temos vindo a observar. Não defendo, claro, Bush, mas a outra América, as outras Américas. Sim, existem várias Américas, desde a América representada por Bush, à América de Aldous Huxley, Woody Allen (que tem a simpatia de simpatizar com Europa), Laurie Anderson, e até mesmo Clinton que entendia, junto de Al Gore, a questão global. Tenho aqui a fazer uma nota sobre Laurie Anderson, que para além ensinar escultura é uma música invulgar, sendo artista nomeada para a NASA (sim, aquela agência das naves) - tenho obsessivamente feito posts com videos do Youtube que são deliciosos, é uma Americana. Mas é assim mesmo os Estados Unidos configuram um mosaico onde a dinâmica gera uma determinada profilaxia. Esta dinâmica faz-se notar a quem se passeie por exemplo por Washington, onde estive em Dezembro de 2006.